Motaz Azaiza

Motaz Hilal Azaiza (em árabe: معتز هلال عزايزة), nascido a 30 de janeiro de 1999, é um fotojornalista palestiniano da Faixa de Gaza, que ficou famoso pela sua cobertura da guerra travada por Israel na Faixa de Gaza, onde testemunhou os acontecimentos com a sua família até 23 de janeiro de 2024, antes de ser evacuado para Doha, no Qatar. Motaz Azaiza cresceu no campo de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza. Frequentou a Universidade al-Azhar em Gaza e formou-se em 2021 em estudos de inglês. Atualmente é funcionário da UNRWA. Antes da guerra Israel-Hamas de 2023, as publicações online de Azaiza centravam-se principalmente na vida quotidiana na Faixa de Gaza. Embora tenha coberto a Guerra de Gaza de 2014 e a crise israelo-palestiniana de 2021, as suas contas nas redes sociais não receberam muita atenção. Existem poucos jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza porque Israel e o Egipto lhes negam o acesso ao território, o que levou Azaiza a tornar-se um jornalista importante no terreno em Gaza. Antes de 7 de outubro de 2023, o perfil de Instagram de Azaiza tinha cerca de 25 mil seguidores. No dia 13 de outubro, a sua conta de Instagram foi restringida, mas o acesso foi restabelecido no dia seguinte. A 27 de dezembro de 2023, o perfil de Azaiza no Instagram contava com 17,5 milhões de seguidores, sendo um dos jornalistas mais seguidos do mundo. A 11 de outubro de 2023, pelo menos quinze membros da família de Motaz Azaiza foram mortos num ataque aéreo israelita no campo de Deir al-Balah, pouco depois do início da guerra Israel-Hamas de 2023, a 23 de janeiro, quase 100 dias após o início da guerra. Após a guerra, Motaz anunciou numa publicação onde tirou o colete de repórter que estava a ser evacuado para o Qatar, via Egipto, manifestando o desejo de regressar rapidamente à sua terra natal. Motaz teve de fugir de Gaza face às ameaças recebidas e aos ataques do exército israelita que pareciam tê-lo como alvo. Em novembro de 2023, a revista GQ Middle East nomeou-o Homem do Ano. Em França, a região da Normandia atribuiu-lhe o “Prix Liberté 2024”.